Professora Nélide Rossi é homenageada em Conchal: ‘jamais será esquecida’
Corpo de Nélide Rossi foi enterrado na tarde desta sexta (24). Ela foi atingida quando pedalava em área rural na noite de quinta-feira e motorista de carro pensou que seria assaltada.
Amigos, parentes e alunos da professora aposentada Nélide Rossi, que morreu após ser atropelada durante um passeio de bicicleta na quinta-feira (23), em Conchal, prestaram as últimas homenagens nesta sexta (24). O corpo dela foi enterrado durante a tarde.
A morte trágica da mulher de 67 anos comoveu o município de 28.491 habitantes. A motorista do carro que a atropelou disse à polícia que pensou que seria assaltada. A Polícia Civil investiga o caso.
Homenagens
A direção da Escola Estadual Padre Orestes Ladeira publicou nas redes sociais uma homenagem à professora.
“Jamais será esquecida minha amiga! Você compôs uma linda história de vida e trabalho. Para sempre em nossas memórias, com muito carinho e com o coração partido, agora só podemos dizer: Nélide, A-Deus”, escreveu a diretora escolar Cássia Cozer.

A equipe da escola tentou transformar em palavras a indignação pela fatalidade ocorrida com a professora aposentada.
“Como dizer adeus para esta professora que formou gerações em nosso município, trabalhando por mais de três décadas nesta escola? Como dizer adeus a esta pessoa de fé e que ficou eternizada no coração de tantos jovens e adultos?”, dizia um dos trechos.

No velório, parentes, amigos e companheiros de ciclismo lamentaram a morte. Para o amigo e companheiro de ciclismo de Nélide, Fábio Cardoso, o atropelamento poderia ter sido evitado.
“Ela não estava em um lugar apertado, onde não havia como escapar, então, o caso deve ser investigado, porque foi muito estranho. Eu conheço o lugar, é uma rota bem famosa de ciclistas e nós sempre passamos por lá. Então, sei que tinha espaço suficiente para a motorista manobrar ali, daria para manobrar uma carreta enorme sem atropelar ninguém”, afirmou.
“Precisa existir respeito entre motoristas e ciclistas, porque é perfeitamente possível que ambos dividam o espaço nas ruas. Eu espero que essa fatalidade não seja em vão, para que esse caso conscientize as pessoas sobre ter mais empatia, mais cuidado e paciência com o outro e para que outras famílias não sintam a dor da perda de um ente querido”, disse Cardoso.
Atropelamento
O acidente aconteceu por volta das 19h na Estrada do Bode Branco, próximo ao antigo cemitério, localizado no distrito de Tujuguaba.
A professora pedalava com mais quatro pessoas. A ciclista Viviane Antônio contou ao G1 que o grupo parou em um cruzamento para tomar água e iniciar a trilha.
“Veio um carro, parou e depois simplesmente acelerou para cima da gente. Pulamos da bicicleta no mato. A motorista estava na encruzilhada, tinha toda a estrada, poderia ir para qualquer direção, mas veio em cima da gente. Foi um acidente proposital”, disse a ciclista.
A motorista do veículo, de 58 anos, não prestou socorro. Cerca de cinco horas após o acidente, ela se apresentou no Plantão Policial de Mogi Guaçu, onde foi ouvida e liberada. Ela disse que pensou que seria assaltada. A Polícia Civil vai investigar o atropelamento. Com informações do G1.
